domingo, 22 de agosto de 2010

Violência contra a Mulher em Divinópolis


Desde que Gorete Rios passou a atuar como Delegada de Polícia em Divinópolis, no ano de 2000, constatou que a cidade precisava do fortalecimento das políticas públicas para as mulheres.
A partir de estudos de casos e constatação do fenômeno nas famílias, pensou na instalação de uma Delegacia Especializada, ou seja, em um local próprio e com profissionais multidisciplinares para atendimento das vítimas. Por isso "aos trancos e barrancos", contando com a colaboração de diversos segmentos da sociedade e lideranças políticas, conseguiu inaugurar a Delegacia, na Semana da Mulher, no ano de 2002.
Criou, em seguida, o Setor Psicossocial, contando com o apoio de profissionais voluntários. Esse setor foi reconhecido pela sociedade como um excelente mecanismo para coibir a violência no âmbito das relações domésticas.
Gorete Rios não parou por aí: resolveu elaborar um projeto social, que foi denominado de "Vida Viva", para atendimento integral das famílias em situação de violência, inclusive, dos próprios agressores.
A psicóloga Kassiane, brutalmente assassinada por seu ex-namorado, foi estagiária e, após sua formatura, contratada para trabalhar neste projeto, mas, quando do triste acontecimento, já não mais fazia parte do quadro de profissionais do Vida Viva.
Com o advento da Lei Maria da Penha, muita coisa mudou, mas ainda faltam mecanismos eficientes para enfrentar o fenômeno da violência doméstica.
Quantas mulheres brasileiras têm sido vítimas de ex-namorados, ex-maridos, ex-companheiros, nos últimos meses?
É importante a mobilização social nessa causa. É importante a conscientização de que “a violência contra a mulher pode ser uma via de mão única, que no final pode-se encontrar a morte”. É importante a denúncia logo que os primeiros sinais de violência surgirem...
A caminhada – Chega de Violência contra a Mulher – que ocorreu na última sexta-feira, dia 20/08, foi emocionante e tocou toda a sociedade divinopolitana.
Clique aqui para ver o texto escrito por Márcia Brasileiro e lido pela própria autora no Culto Ecumênico realizado por Frei Leo, após a caminhada.

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