Ontem, dia 19/09/2010, visitei a tribo indígena Pataxó, no município de Itapecerica, minha terra natal.
A tribo é originária do Estado da Bahia, próximo a Porto Seguro e há 30 anos está em Minas Gerais. Nos últimos 4 anos se instalou em Itapecerica, em um terreno doado pela União.
A visita foi para mim mais um aprendizado nessa campanha! Apesar de já ter certo conhecimento acerca do povo indígena, pude constatar muito de perto a profundidade dessa cultura!
Conversei durante cerca de uma hora com a " primeira dama", Luciene Pataxó, cujo nome indígena é Irisná, e fui me encantando a cada instante! Disse Luciene que "A mulher é a mais preciosa da luta" e que seu povo tem o "Pé na aldeia e outro no mundo"!
Seu esposo, o cacique Kanátyo Pataxó estuda Antropologia na UFMG e é professor na tribo. Os integrantes são alfabetizados na própria aldeia, onde absorvem a cultura de seu povo.
Fiquei encantada com o artesanato, com os livros infantis editados (com o auxílio da UFMG, Cnpq e Ministério da Educação) e ainda com aqueles ainda em construção!
Em um dos livros, a professora de Letras da UFMG, Maria Inês diz na apresentação do autor, o cacique Kanatyo Pataxó: "O povo pataxó perdeu sua língua, mas não está mudo. Veste roupa, usa relógio, calça tênis, mas anda com cuidado na mata, não mata bicho à toa, para não contrariar Hamay, a protetora. Quando é tarde, sentam-se os parentes na beira do fogo e, comendo galinha moqueada, contam casos e dão risadas".
O que mais me tocou dessa cultura foi a constatação de que o povo indígena é extremamente politizado e se preocupa com o Meio Ambiente, cuidando da terra, das águas, das plantas, dos animais, como todos nós deveríamos cuidar...
Obrigada ao povo Pataxó pela calorosa recepção!
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